O altismo no dentista

O que é o autismo? 

É uma alteração no desenvolvimento neurológico que afeta a comunicação e o comportamento.

A relação entre o consultório  e o autista pode ser bem delicada para os pequenos. 

 Quem nunca se arrepiou ao ouvir o famoso (e temido) barulhinho da caneta de alta rotação do dentista? Pois é! Se esse som bem característico de um consultório de dentista consegue assustar os adultos, que compreendem o benefício e a importância das consultas odontológicas, imagine como é para os pequenos que ainda não entendem tudo isso?

Por que autistas têm mais desconforto no dentista?

É natural dos seres humanos terem medo daquilo que não lhes é familiar. Além disso, dentro do espectro autista existem algumas questões sensoriais específicas que podem afetar a realização de certas tarefas. Ou seja, as idas ao dentista podem ser mais desagradáveis para as crianças autistas do que para as que não estão no espectro.

Além dos padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e/ou atividades, fala-se também sobre a possível presença de Hiper ou Hiporreatividade a estímulos sensoriais, ou interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente. É justamente esse transtorno de processamento sensorial que pode ser um dos fatores a tornar os incômodos com as consultas odontológicas ainda maiores.

O atendimento do paciente no espectro autista deve ter grande foco em cuidados preventivos e educação em saúde, é individualizado e deve ser adaptado às necessidades do paciente.

Esses pacientes não costumam apresentar distúrbios bucais específicos ao transtorno, todavia, inúmeros fatores como hábitos alimentares, dificuldades motoras, déficit na higiene bucal, uso de medicamentos e apresentação tardia no consultório, podem contribuir para alterações no meio bucal, tornando os autistas mais suscetíveis ao desenvolvimento de doenças.

Segundo a literatura, é possível que pacientes autistas manifestem:

  • problemas orais de cáries ativas;
  • gengivite;
  • doenças periodontais;
  • bruxismo;
  • Pressão da língua contra os dentes;
  • traumas acarretados pelo autismo;
  • má oclusão;
  • falta de musculatura facial;
  • e demais problemas ortodônticos.

Dessa forma, é necessário um tratamento mais cauteloso por parte do cirurgião-dentista e acompanhamento odontológico frequente, a fim de prevenir a evolução destes distúrbios.

Atendimento Odontológico a pacientes com TEA

Existem inúmeros aspectos que devem ser considerados ao atender o paciente TEA, questões como o ambiente, a comunicação com o paciente, o manejo e técnicas auxiliares, o tipo de procedimento a ser executado, as características comportamentais do paciente, etc.

É claro que isso varia de acordo com o caso individual, todavia, o nível de conhecimento do profissional sobre o autismo e as técnicas que devem ser empregadas em cada situação são elementos fundamentais para um atendimento odontológico de qualidade.

Ambiente odontológico

O consultório odontológico ideal para atendimento do paciente com TEA precisa ser um ambiente confortável e que transmita tranquilidade.

Talvez apenas uma sessão não seja suficiente para que o paciente se sinta ambientado, dependendo do caso, é aconselhado dedicar os primeiros atendimentos para realização da anamnese, compreensão do grau de autismo e das necessidades do paciente, comunicação e socialização com o paciente.

Além disso, conforme já citamos anteriormente, o paciente costuma ser resistente a mudanças, por isso é preciso manter constância em relação à equipe profissional , horário das consultas, consultório em que o paciente é atendido, disposição do mobiliário, etc.

Comunicação e vínculo com o paciente

A criação de um vínculo de confiança entre o profissional e o paciente, bem como com a família deste indivíduo é essencial, pois contribui para que o paciente se sinta mais seguro durante os procedimentos.

Ao mesmo tempo, no caso de pacientes adultos, é importante que o profissional identifique se a comunicação pode ser feita diretamente com o paciente ou se é preciso se dirigir aos pais e/ou cuidadores.

A posição do equipo também pode auxiliar no conforto e contato visual com o paciente, pois autistas, por exemplo, possuem dificuldade nesta tarefa.

Manejo durante atendimento

O profissional deve observar as características comportamentais do paciente para definir quais técnicas são mais indicadas.

Pacientes com TEA possuem sensibilidade extrema aos estímulos externos, como barulhos diferentes, sons fortes e comportamentos inesperados, por isso, muitas vezes o tratamento odontológico pode exigir várias consultas de adaptação e, em casos mais graves, pode ser necessário realizar o atendimento sob sedação ou anestesia geral.

Sendo assim, o cirurgião-dentista precisa criar um plano de tratamento individual e flexível, que permita mudanças de abordagem de acordo com a resposta do paciente ao tratamento.

Técnicas para atendimento

Existem inúmeras técnicas , as básicas abordam controle da voz, uso de recompensas e distrações, entre outras ações, já as avançadas estão relacionadas ao uso de anestesia e estabilização do paciente.

Dentre elas, podemos citar:

Método TEACCH (Tratamento e educação para crianças autistas e com distúrbios correlacionados à comunicação)Neste método utiliza-se painéis, agendas e quadros que demonstrem claramente a ordem das ações que vão ser desenvolvidas, ajudando também na independência do indivíduo. Em âmbito odontológico, o consultório pode dispor de um espaço físico onde ficarão disponíveis esses materiais de apoio para que o paciente associe as atividades que serão realizadas pelo dentista, auxiliando na comunicação profissional x paciente.

  Método PECS (Sistema de Comunicação por figuras)O método PECS faz com que a criança, por meio de figuras, reconheça objetos presente no meio odontológico, ambientando-a com instrumentos que serão utilizados pelo dentista durante o procedimento.Crianças que utilizam desse sistema conseguem se comunicar por meio da fala, se inclusa a atividade em sua rotina.

Método ABA (Análise Aplicada ao Comportamento)Caracteriza-se em ensinar o paciente através de etapas, ou seja, a cada nova consulta é introduzido um novo ensinamento, como forma de conquistar a confiança do paciente. Ao mesmo tempo, são utilizadas recompensas (prêmios) para motivar o paciente na colaboração.

Técnica da modulação: Nesta técnica usa-se uma pessoa como modelo antes de atender o paciente, logo, a criança modelo colabora durante o atendimento e o paciente autista observa o atendimento. O intuito do método é mostrar ao paciente de que forma ele deve se comportar na consulta odontológica.

Técnicas de Odontopediatria: Importante reforçar que, no atendimento odontológico em pacientes com TEA, as técnicas citadas anteriormente são utilizadas em conjunto com outras existentes na odontopediatria, como: distração, "falar, mostrar, fazer", reforço positivo, estabilização protetora, etc. Além disso, o profissional precisa estar preparado para este tipo de atendimento, conhecendo alguma técnica de manejo para conduzir da melhor forma e evitar o atendimento sob anestesia geral, que só deve ocorrer em casos extremos.

  Sedação consciente: A sedação consciente é realizada por meio de inalação de oxigênio e óxido nitroso, fazendo com que o paciente se sinta relaxado, mas consciente durante o procedimento. O uso de gás só pode ser feito quando há colaboração do paciente, por isso é preciso ter muita atenção ao usar a técnica, devido ao TEA permitir peculiaridades muito individuais de cada paciente. 

Para pacientes que possuem dificuldade extrema em colaborar no atendimento, uma solução é o uso de anestesia geral em ambiente hospitalar, todavia, tudo dependerá da individualidade do caso clínico.

Educação em saúde bucal

Pacientes com TEA podem manifestar déficits na higiene oral, comprometendo a saúde bucal e deixando-os suscetíveis a desenvolver doenças como cárie e peri-odontopatias.

Isso ocorre por diversos motivos, como:

  • dificuldades motoras, onde o paciente não consegue realizar a escovação de forma correta;
  • uso de medicamentos controlados que afetam o meio bucal;
  • dieta criogênica, devido a uma alimentação restritiva (não aceita comer outros alimentos).

Logo, a etapa de instrução da higiene bucal se torna fundamental no atendimento de um paciente com TEA, envolvendo principalmente os pais/cuidadores, que devem incluir os cuidados de higiene na rotina da criança.

O profissional também pode lançar mão de métodos já citados neste artigo para ensinar ao paciente sobre a escovação, levando em conta, é claro, sua autonomia em executar tarefas do dia a dia. Também deve explicar a importância de uma dieta saudável e do acompanhamento dos pais e cuidadores nessa etapa de higiene.

Dependendo dos casos e do grau de autismo, pode-se sugerir o uso de uma escova elétrica, que facilita o processo de escovação e manutenção da saúde bucal.

Mostra-se também a necessidade de um tratamento mais humanizado, com foco na prevenção e educação em higiene bucal, sendo essencial a existência de uma relação profissional x paciente de confiança, bem como a colaboração dos pais e cuidadores em uma rotina que contribua para a saúde bucal do paciente.


Fontes:

COIMBRA, Bruna Santiago et al. Abordagem odontológica a pacientes com transtorno do espectro autista (TEA): uma Revisão da literatura. Brazilian Journal of Development. Curitiba, v.6, n.12, 2020. ISSN 2525-8761.

QUAIS são os graus de classificação do autismo?. Funcionalitá, [S. l.], p. 1-1, 7 out. 2020. Disponível em: https://www.funcionalita.com.br/quais-sao-os-graus-de-classificacao-do-autismo#:~:text=Conforme%20o%20DSM%20V%2C%20os,precisa%20de%20um%20suporte%20substancial. Acesso em: 24 mar. 2022.

MATOS, Fabiana Santos. Manejo de paciente com Transtorno do Espectro o Autismo (TEA). Orientador: Hanna Patricia Ganim Pereira da Silva. 2020. 13f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Odontologia) – Centro Universitário do Planalto Central Aparecido dos Santos, 2020.

DA SILVA, M. J. L et al. Pacientes com transtorno do espectro autista: conduta clínica na odontologia. Rev. Uningá., Maringá, v.59, n.S5, p.122-129, jul/set. 2019.

ATENDIMENTO Odontológico a pacientes com Transtorno do Espectro do Autismo | Colunista. Sanar Saúde, [S. l.], p. 1-1, 30 jul. 2020. Disponível em: https://www.sanarsaude.com/portal/residencias/artigos-noticias/colunista-odontologia-atendimento-odontologico-a-pacientes-com-tea. Acesso em: 23 mar. 2022.




Odontofobia:

16/05/2023

Embora os cuidados bucais com um dentista sejam necessários, o medo quanto ao trabalho do profissional persiste. Mesmo tendo diversas tecnologias para facilitar tratamentos odontológicos, muitas pessoas ainda tremem só de imaginar o barulho do motorzinho.

A odontofobia é o famoso medo de dentista. Quem vive com esse problema, têm sérias dificuldades em tratar a saúde bucal. Esse medo faz com que o indivíduo antecipe situações predominantemente ruins se fizer uma visita ao dentista. Dessa forma, pelo medo de se consultar e sentir desconforto, essa pessoa evita visitar o profissional tanto quanto for possível. 

A odontofobia está ligada a outras fobias, como o medo de agulhas (Aicmofobia, Aiquimofobia ou Belonofobia) medo de médicos (Iatrofobia) e outros (como o medo de hospitais, medo da dor).

O medo de dentista e a ansiedade odontológica costumam ser provocados pelos seguintes fatores:

Dor

As pessoas com fobia de dentista têm como principal argumento o medo de sentir dor durante o atendimento. Talvez esse seja o resultado de experiências desagradáveis em que a tecnologia presente no momento ainda não tão avançada quanto hoje. 

Constrangimento

Pessoas cujo estado dos dentes não está em boas condições podem sentir vergonha do dentista. Além disso, a necessidade de aproximação do profissional para fazer a avaliação da boca pode tornar o atendimento constrangedor para muitos.

Desamparo

Ficar numa cadeira de dentista imóvel  de barriga para cima e pensando no pior pode gerar ansiedade e sensação  de vulnerabilidade. A verdade é que um paciente precisa seguir as instruções do dentista à risca enquanto o profissional age. Contudo, ficar a mercê de alguém dessa forma pode dar a sensação de desproteção .

Experiências negativas

Ter vivido ou ter conhecido pessoas que passaram por atendimentos difíceis com outros dentistas pode ser mais um fator agravante.

Medo dos instrumentos

Há um medo de que os instrumentos utilizados pelo dentista possam causar qualquer lesão nos tecidos da boca.

Cicatrizes

O medo de dentista é criado também quando os pais ou responsáveis transferem os seus medos para os filhos. Em vista disso, é comum que as crianças com fobia de dentista tenham pais na mesma situação.

Felizmente, os procedimentos estão cada vez melhores, bem como o suporte emocional da equipe de atendimento. A criação de um vínculo de confiança entre paciente e dentista contribui diretamente para um atendimento eficaz e  indolor.

Sintomas

É comum que qualquer pessoa que tem medo de dentista não queira sentir desconforto ou então descobrir algo grave. Porém fica difícil enxergar o que divide uma ansiedade normal de uma fobia odontológica. No segundo caso, a superação dos medos do paciente pode ser alcançada se houver atenção a sinais como:

  • tensão significativa ou problemas de relaxamento antes da consulta, podendo atrapalhar até o sono;
  • nervosismo ao ver os instrumentos e o jaleco do dentista, sendo possível haver choro no atendimento;
  • nervosismo crescente e angustiante na sala de espera;
  • pânico ou intensa dificuldade em se manter calmo quando os instrumentos são colocados na boca.

Consequências

Infelizmente, indivíduos com medo de dentista estão mais vulneráveis a ter problemas bucais, como perdas no dentes ou doenças. Além disso, o seu lado emocional pode ser afetado, já que a coloração e o desalinhamento dos dentes podem as impedir de sorrir. Com esse problema, essas pessoas terão dificuldades para interagir de forma livre no cotidiano. Não sendo o bastante, há ainda o risco da pessoa desenvolver doenças graves por conta da saúde bucal ruim. Por exemplo, infecções pulmonares e doenças cardíacas podem surgir se os dentes do paciente não estiverem sadios.

Tratamento

Por mais contraditório que pareça, visitar regularmente o dentista contribui para que o medo da consulta acabe. Dessa forma, a prevenção ajuda as pessoas a cuidarem da sua saúde, permitindo que elas evitem a necessidade de um tratamento complexo depois. Outra forma de lidar com o problema é:

  • buscar um profissional bastante recomendado por conhecidos. Vale visitar pelo menos três dentistas diferentes para fazer uma escolha;
  • decidir que quer abandonar esse medo para cuidar da sua saúde bucal;
  • Medicamentos podem ser prescritos para superar a ansiedade extrema e sedação; 
  • se possível, ir acompanhado ao dentista. Isso porque ter um amigo ajuda a distrair e relaxar antes da consulta;
  • ir na primeira consulta apenas para conversar, discutindo abertamente sobre os seus medos. Desse modo o profissional saberá com quem está lidando e dará um tratamento adequado para o visitante;
  • combinar sinais com o dentista para o caso de você sentir algum desconforto. Assim, ele poderá parar imediatamente nesses momentos;
  • exercitar a sua respiração quando se sentar na cadeira do dentista para se acalmar e trabalhar a ansiedade;
  • Hipnoterapia pode ser realizada em caso de fobia de dentista extrema. Estas sessões podem ajudar o fóbico a chegar ao fundo do seu medo e reprogramar sua resposta a ele; 
  • se possível, levar fones de ouvido sem fio para a consulta a fim de ouvir músicas enquanto é atendido;
  • fazer o trabalho de esforço e recompensa. Assim sendo, sempre que você for ao dentista, vá depois a um restaurante ou cinema. Por causa desse tipo de associação benéfica, o seu tratamento odontológico será melhor recebido e tolerado por você.

Considerações finais sobre o medo de dentista

Ter medo de qualquer profissional de saúde é algo normal e compreensível, mas deve ser trabalhado em prol da sua própria saúde. Muitas pessoas acabam evitando a consulta por temerem dores e desconfortos, idealizando negativamente o tratamento. Em vista disso, é preciso que os pacientes entendam que, quanto mais adiarem essa visita, mais expostos estarão ao desconforto por terem dentes maltratados.

Dessa forma, uma conversa honesta com o dentista, o apoio de amigos e da família e a própria iniciativa em mudar colaborarão para a sua mudança. Saiba que você não precisa ter medo de se expor à transformação, mas sim de enfrentar as sequelas de não se cuidar. Mais do que o sorriso, você pode perder a própria confiança em si mesmo.




Infertilidade: beber uma lata de refrigerante por dia pode diminuir suas chances de engravidar

10/01/2022

Um estudo recente da Universidade de Boston (EUA) mostrou que o refrigerante pode ser um dos grandes empecilhos na tentativa de engravidar.

Segundo os pesquisadores, o consumo de uma ou mais porção (de cerca de 350 ml) de bebidas açucaradas por dia está associado a uma menor fertilidade em homens e mulheres.

Analisando a história clínica, estilo de vida e hábitos alimentares de 3.828 mulheres e de 1.045 de seus parceiros - todos entre 21 e 45 anos de idade -, concluiu-se que a ingestão diária de refrigerantes por mulheres reduziu em 25% a fertilidade delas, enquanto nos homens essa redução chegou a 33%.

Mas o que poderia estar por trás disso? Provavelmente a causa está relacionada ao alto teor de açúcar e cafeína encontrado nessas bebidas, afirmam especialistas, já que o açúcar afeta diretamente na função dos órgãos reprodutivos.

Já a cafeína pode aumentar o ritmo cardíaco, o que influencia a saúde de um modo geral. Além disso, o refrigerante pode diminuir a qualidade do sêmen - o que já foi comprovado por estudos anteriores.

Embora mais pesquisas sejam necessárias para se compreender melhor quais componentes da fórmula são os verdadeiros vilões, nesse caso, a bebida já é condenada por médicos, dentistas e nutricionistas. Então pra que arriscar?


Doença de Parkinson e a saúde oral:

11/04/2020

O Mal de Parkinson é a  segunda doença neuro-degenativa mais prevalente do nosso tempo.Manifesta-se essencialmente por problemas motores, tais como, tremor  em repouso, rigidez muscular, bradicinesia e instabilidade postural (Rezende & Fonseca, 2012), que se irão repercutir numa maior incapacidade para realização das atividades  cotidianas como a higiene oral, mas também, e não menos importantes, manifestações não motoras como a disfagia, sialorreia, xerostomia, sensação de ardor oral, alterações do olfato, uso e adaptação de próteses dentárias e ainda alterações cognitivas e demência que vão interferir negativamente a rotina normal. 

Os cuidados de saúde geriátrica são uma parte crítica dos sistemas de saúde de todo o Mundo, devido ao veloz aumento da população idosa. 

  O objetivo do tratamento de medicina dentária deve ser o de manter a qualidade de vida, a independência e a auto-estima do paciente com o mal de parkinson. É pertinente que os médicos dentistas tenham consciência dos sintomas relacionados com a saúde oral, o impacto destes sintomas na sua qualidade de vida e detecção precoce dos mesmos sintomas ;estes problemas incluem a incapacidade de realizar a higiene oral diária, xerostomia e disfunção na deglutição 

 A mastigação e a função orofacial estão prejudicados  tendo tendência a piorar com a progressão da doença .

As visitas ao dentista devem ser feitas no início da manhã, uma vez que o grau de atenção é mais elevado e há maior cooperação do paciente , neste período os tremores são menores e os medicamentos têm o seu maior efeito, 60 a 90 minutos após a sua ingestão. Não é recomendado inclinar a cadeira a mais que 45º, devido aos distúrbios de deglutição que estes pacientes apresentam  e após terminado o tratamento deve-se mover a cadeira dentária lentamente para a posição vertical para evitar a hipotensão ortostática .

Os pacientes com o mal de Parkinson, devem visitar o dentista, pelo menos uma vez a cada 4 meses.É imprescindível que os tratamentos sejam rápidos, uma vez que o efeito da levodopa tem períodos activos (ON) e períodos inactivos (OFF) e por esse motivo, os pacientes podem não tolerar tratamentos demorados.  No consultório, o médico dentista deve apostar na profilaxia, aplicando verniz de flúor, para prevenir o aparecimento de cáries . Deve também ensinar aos pacientes técnicas de escovagem, assim como, uso de fio dentário para remoção de placa dentária . Existem algumas estratégias para a realização da higiene oral que podem ser instruídas como o uso de escova elétrica, uma vez que esta fornece movimentos repetitivos e garante uma maior eficácia na escovagem .

A carga emocional vivenciada pelos cuidadores é alta, podendo afectá-los física e psicologicamente ;Assim sendo, a  presença do cuidador é útil para lhe transmitir confiança e para interpretar o que o clínico lhe transmite  Como o mal de parkinson tem um carácter crónico e progressivo, as dificuldades para os cuidadores vão evoluindo com a evolução da doença, modificando também a qualidade de vida não só dos pacientes, mas também dos cuidadores . Existe necessidade de expandir a formação dos cuidadores, como uma meta de saúde pública, através de programas educativos adequados. 

A educação e motivação do paciente e ainda o acompanhamento após o tratamento são fundamentais para o seu sucesso . Deve-se apostar na educação para a higiene oral, para evitar a aumento do número de cáries e controlar a doença periodontal. Fim




saúde da gestante
saúde da gestante

Saúde bucal da gestante e do bebê

Consultas dentárias ainda não fazem parte da rotina do pré-natal de grande parte das gestantes. Muitas vezes, mesmo que a consulta dentária seja ofertada em programas públicos ou em serviços privados, a gestante acaba não realizando a mesma ou tem resistência à consulta devido a mitos e crenças populares difundidas dentro da própria família ou por amigos e ainda em grande parte ao próprio medo de dentista.

A visita ao dentista durante o período gestacional é importante para prevenir, diagnosticar e tratar doenças bucais que podem comprometer a saúde da mulher e do seu bebê. Para comprovar este fato, hoje existem vários artigos mostrando a associação entre doença gengival da gestante e nascimento prematuro ou baixo peso ao nascer.

Alguns dos mitos que devem ser eliminados são de que a gestante não pode tomar anestesia ou se submeter a uma radiografia odontológica. O médico dentista é capacitado para definir quais cuidados, procedimentos e o momento ideal para a realização das intervenções dentárias durante a gravidez. Portanto, a consulta dentária pode ocorrer em qualquer momento da gestação.

Outra questão importante a ser esclarecida é a de que não há perda de cálcio dos dentes da mãe para ser incorporado na formação óssea do seu bebê. Os dentes não se tornam mais frágeis durante a gravidez. O que pode facilitar o aparecimento de cáries neste período é a maior acidez em virtude de enjôos ou na maior freqüência de consumo de alimentos pela gestante. Também pode estar associado a deficiências na qualidade da escovação dentária por parte da gestante. Estes factores que aumentam o risco de cárie dentária podem ser avaliados e corrigidos com a orientação do médico dentista.

O facto de não procurar a avaliação dentária durante a gravidez pode levar a gestante, em situações de dor de dente aguda, a recorrer a auto-medicação aí sim podendo acarretar prejuízos a sua saúde ou ao bebê em formação. Após o nascimento, a primeira visita do bebê ao dentista deve ocorrer preferencialmente no primeiro ano de vida.

Esta visita é importante não somente para um exame bucal, mas também pelas orientações que a mãe irá receber de como e quando deve iniciar a limpeza da boca do seu bebê (a qual pode ser iniciada mesmo antes do nascimento dos primeiros dentes, fato que facilita a aceitação da mesma após o nascimento dos dentes). Informações sobre a importância do aleitamento materno na formação dentária e da face, a relação entre a saúde bucal da mãe (e do núcleo familiar) e a futura saúde bucal do bebê. Deve ficar ciente que aumenta o risco de desenvolvimento de cárie dentária devido à introdução precoce do açúcar na alimentação da criança, principalmente se este for adicionado ao conteúdo da mamadeira. E conhecer os danos que podem ser causados à arcada dentária pelos hábitos de sucção da chupeta ou dedo.

Gestantes bem informadas e motivadas cuidam melhor de sua saúde bucal e, provavelmente, cuidarão bem da saúde bucal de seu bebê.


Referências Bibliográficas: CODATO LAB. PRÉ-NATAL ODONTOLÓGICO E SAÚDE BUCAL: PERCEPÇÕES E REPRESENTAÇÕES DE GESTANTES [DISSERTAÇÃO]. LONDRINA: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA; 2005.

Leal,NP Saude bucal da gestante; conhecimentos,práticas e representações do médico, do dentista e da paciente (Dissertação). Rio de Janeiro: Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz; 2006

Walter, L.R.F., Ferelle, A., Issao, M. (1996). Odontologia para o bebê. Porto Alegre: Artes Médicas.


Neuropatia pós implantes dentários

Publicado em 13/03/2019

Nos últimos tempos venho observando o crescente número de pacientes que chegam para atendimento com dores persistentes pós-implantodontia.

Mas porque isso acontece?

Os mecanismos são muito parecidos com os que levam a dor persistente dento-alveolar 

O implantodontista deve estar atento quanto à possibilidade de ocorrer este tipo de dor neuropática pós traumática. Alguns factores são importantes:

  • a dor pode acontecer dias, meses ou anos após a colocação dos implantes dentários
  • a característica da dor neuropática é diferente da dor inflamatória pós operatória, ou seja, esteja atento a padrões de dor não típicas. A dor neuropática em qualidade lembra agulhadas, pontadas, ardência e ardência.
  • os traumas podem ser directos ou indirectos aos nervos.

Um dos factores que mais confunde o clínico é a proximidade ao canal do nervo alveolar inferior. Os danos às fibras nervosas podem acontecer mesmo à distância. 

Tentando explicar a grosso modo, o que acontece é que no dano indirecto, sangramento, sangramento, pressão , acção de irritantes químicos durante inflamação ou infecção da região peri-implantar, compressão pelo trabeculado ósseo após instalação do implante ou até mesmo durante o processo de osseo-integração afectam as fibras nervosas, que podem ser ramificações do tronco principal. No dano directo, agulha durante a anestesia, manipulação do nervo ou mesmo a proximidade do implante ao canal, afectam o nervo.

Daí inicia-se um processo de neurite (inflamação do tecido nervoso) que pode ser reversível ou persistir. É neste estágio que o tratamento precoce pode ser eficaz. 

Assim, o professor Gary Heir, da Rutgers School of Dental Medicine - New Jersey, ano passado em palestra realizada na Faculdade de Odontologia de Bauru - USP (FOB-USP), relatou a importância do monitoramento do paciente até 48 horas após o procedimento para verificar se recuperou as sensações na região e se o quadro pós operatório está típico ou se há sintomas do quais possa desconfiar de dor neuropática. Quando o dano for detectado, deve-se examinar, mapear a área atingida, fotografar, e iniciar o uso de anti-inflamatórios esteroidais.

Mas se a dor persistir após este período, avaliação com testes quantitativos sensoriais e o tratamento direcionado a dor neuropática, com medicamentos tópicos e sistêmicos, deve ser iniciado.

O profissional especialista em Dor Orofacial deve estar familiarizado e treinado para realizar os testes sensoriais e tratamento direcionado a todos os casos de dores neuropáticas orofaciais, inclusive as pós traumáticas. Nem só de DTM vive a especialidade meu povo (#ficaadica)!

Querem saber mais? Estes colegas publicaram um artigo bacana (e em português para ninguém reclamar) na revista Dental Press Implantology que está disponível para leitura no link: https://www.dentalpress.com.br/portal/neuropatia-pos-implante/

A equipe do Prof. Siqueira também publicou na revista Dor um artigo onde cita estas condições: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-00132011000200015&script=sci_arttext




05/03/2019

As funções de respiração, mastigação, deglutição e fonação precisam estar equilibradas entre si para que o desenvolvimento facial aconteça de forma harmônica. .

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♻ Este equilíbrio permitirá o desenvolvimento correto das arcadas dentárias, dos músculos e das demais estruturas faciais....

A respiração bucal é uma disfunção respiratória que acarreta prejuízos ao desenvolvimento facial tais como:

  • Assimetria no desenvolvimento dos músculos faciais;
  • ossos do nariz menores;
  • lábio superior curto;
  • bochechas pálidas e baixas;
  • mandíbula recuada e pouco desenvolvida;
  • face alongada
  • Falta de selamento facial

Uma criança que respira mal, deglute mal, mastiga mal e fala mal, e isso traz consequências para o funcionamento de todo organismo.Uma criança que respira mal, deglute mal, mastiga mal, fala mal, e isso traz consequências para todo o organismo .

Se notar que seu filho é um respirador bucal, converse conosco , poderemos ajudá-lo a resolver isso o mais breve possível.


5 coisas que podem estar manchando  seus dentes

Ingestão de alimentos e bebidas com pigmentos, higiene insuficiente e fumo são alguns dos hábitos que podem escurecer o sorriso

Alimentos pigmentados
A maioria dos alimentos possui corante, mas os mais famosos são café, mate, refrigerante, vinho, sucos como o de laranja, açaí. Na grande maioria, eles não trazem qualquer dano aos dentes, o único problema é a questão estética, então isso terá que ser visto de acordo com cada caso. É claro que, quanto maior a ingestão, maior a pigmentação.


Fumo

O fumo é uma das causas do escurecimento dentário. É claro que quanto a maior intensidade, duração e frequência em que a pessoa fumar, a tendência é que os dentes sejam mais amarelados.

Medicamentos
Alguns remédios podem interferir na coloração dentária, como é o caso da clorexidina que se usada de forma errada, por muito tempo, pode trazer alterações de cor. A ingestão excessiva de flúor também pode causar estrias no dente e levar à alteração da estética.

Doenças
Pessoas que estejam submetidas à quimioterapia e crianças (menores que 8 anos) e grávidas e/ou lactantes que usam tetracicilina podem ter a cor dos dentes afetadas. A tetracicilina se adere em qualquer paciente em mineralização, isso acontece durante a odontogenese (formação dentária).

Idade
A tendência é que com a idade os dentes fiquem mais amarelos, isso acontece devido ao desgaste do esmalte e pela ingestão de alimentos com corante durante a vida. Na grande maioria, o problema é resolvido com clareamento, mas o mais indicado é conversar com seu dentista para que ele veja o melhor tratamento.

Fonte: Nathalia Moraes - especialista em periodontia pela Associação Brasileira de Odontologia (ABO-Barra). Barra da Tijuca, RJ.



Sabendo mais sobre a Saúde

 

Refrigerante acelera envelhecimento

Ossos, dentes, estômago e fígado são órgãos prejudicados pelo hábito

Pessoas que bebem o equivalente a duas latas de refrigerantes por dia podem envelhecer mais rápido, indicam pesquisadores americanos. Eles descobriram que essas pessoas têm suas células envelhecidas em até 4,6 anos. Seus telômeros, pequenas 'capas' que protegem o final das cadeias de DNA, parecem mais curtos.

Tomar apenas duas latas de bebidas açucaradas no mesmo dia pode alterar a percepção sobre o gosto doce, e fazer com que a pessoa deseje ainda mais açúcar.

Isso porque o doce está fortemente conectado com o sistema de recompensa no cérebro. Além disso, as bolhas também podem aumentar esta vontade, devido ao dióxido de carbono, que atua como um ácido e faz com que o prazer do sabor seja ainda mais forte.

Mulheres que tomam mais de três bebidas açucaradas - gaseificadas ou não - por semana aumentam o risco de desenvolver câncer de mama.

Pesquisadores de uma universidade em Quebec mostraram no ano passado que, quanto maior o consumo deste tipo de líquido, maior a densidade no seio - um conhecido fator de Beber quantidades altas de cola podem afetar os ossos, acreditam pesquisadores americanos. Isto porque eles contêm, com frequência, altos níveis de ácido fosfórico.

Um estudo de 2006 mostrou que mulheres que ingerem cola diariamente têm uma menor densidade mineral nos ossos do quadril.

O corpo se esforça naturalmente para manter os níveis de cálcio e fósforo equilibrados, então quando há excesso de fósforo, o cálcio é lançado para corrigir este equilíbrio.

Quando tomamos uma bebida gasosa, o gás - chamado de ácido carbônico - preenche o estômago com ar, criando uma pressão que empurra o ar de volta ao esôfago, causando o arroto.

E se você já sofre de inchaço, o gás extra pode piorar o quadro. As bolhas podem eventualmente explodir e serem reabsorvidas pelo sangue.

Os refrigerantes podem, ainda, agravar a síndrome do intestino irritável, uma desordem ligada ao sistema digestivo.

O açúcar reage com as bactérias na placa dentária, produzindo ácidos que podem causar cáries. A água com gás também pode ser prejudicial aos dentes porque contém ácido carbônico, formado quando o dióxido de carbono é dissolvido na água, destruindo o esmalte do dente.

Por isso Abra o olho!!!



Envelhecimento facial

11/11/2018

O Envelhecimento facial não é mais considerado uma queda gravitacional apenas. Mas é entendido como a somatória de:

  • perda de volumes,
  • um adelgaçamento dérmico com perda de colágeno,
  • redistribuição de gordura,
  • atrofia muscular e
  • reabsorção óssea.

O envelhecimento facial então pode ser caracterizado pelo modo como esses compartimentos individuais de gordura mudam enquanto as pessoas envelhecem, ganhando e perdendo volumes em épocas e em velocidades diferentes, somados aos outros factores.

A face então perde volume, a pele perde elasticidade e não mais pode acomodar a perda de volume subjacente, causando flacidez, áreas de sombra e pregas. Áreas de atrofia, alterações do formato da órbita, suporte ósseo das sobrancelhas e nariz, e proporções dos terços médio e inferior da face, todas são considerações importantes a serem avaliadas quando se planeia um rejuvenescimento facial.

A atrofia do tecido adiposo se torna clinicamente importante nas têmporas e região das bochechas, depois o mento e mandíbula. A face se torna "murcha", com lábios finos, têmporas e bochechas encovadas, mandíbula com traços apagados e aumento das sombras faciais. Por isso os preenchimentos, densificadores cutâneos e fios de sustentação com produtos biocompatíveis estão tão em alta entre os procedimentos de rejuvenescimento facial, pois revolumizam, melhoram a qualidade elástica da pele e auxiliam na sustentação dos tecidos da face, devolvendo formato ao rosto, postergando os sinais de cansaço e envelhecimento.

O envelhecimento facial é um processo amplo, que resulta na presença de múltiplos sinais na face: rugas dinâmicas e estáticas, perda de contorno facial pela acção gravitacional, alterações de textura e firmeza da pele, além de perda de volume em determinadas regiões. Todos estes sinais conferem ao rosto uma aparência cansada e envelhecida.

Podemos combinar diversas técnicas de rejuvenescimento e obter resultados naturais, duradouros e satisfatórios! Este processo pode envolver três etapas ou 3 R's:
. Relaxamento muscular para atenuar rugas dinâmicas
. Redefinição de contornos e tratamento de rugas estáticas
. Reposição de volume em áreas afectadas pelo envelhecimento facial.

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